Entrevista - Peter B. B. Walker

Entrevista com Peter B. B. Walker em comemoração aos 70 anos da Sociedade Hípica de Campinas, em 2018.

Este depoimento faz parte de uma série de entrevistas realizadas para as comemorações dos 70 anos da Sociedade Hípica de Campinas. No total, 33 pessoas foram entrevistadas para o projeto que implantou o Centro de Memória do Clube em 2018: Abelardo Pinto de Lemos Neto, Alfredo Pupo de Campos Ferreira Filho, Antoine Kolokathis, Darcy Paz de Pádua, Dora Ann Lange Canhos, Eliana Aparecida Nascimento Evangelista, Elvino Silva Neto, Elza Maria Spínola Castro Armani, Hamilton de Oliveira, Isabela Affonso Ferreira, Ismar Augusto Ribeiro Neto, José Abel Carvalho de Moura, José Fernando Moreira Monteiro da Silva, José Luiz Arruda Toledo, Juventino Nascimento, Luiz Antônio Baldo Pupo de Campos Ferreira, Márcio Coluccini Francisco, Marcos Alberto Correa, Maria Helena Guimarães Pompêo de Camargo, Maria Helena Barros Ribeiro de Siqueira, Maria Stella Roge Ferreira Grieco, Mauro Correa, Mayra Magalhães Pugliesi, Noreen Campbell de Aguirre, Osvaldo Urbano, Pedro Henrique Delamain Pupo Nogueira, Peter B. B. Walker, Raul Teixeira Penteado Filho, Renata Maria Strazzacappa Barone, Roberto Schmidt Neto, Sílvia Amaral Palazzi Zakia, Vera Vieira, Vítor Trabulsi.

Entrevistado: Peter B. B. Walker. Associado e ex-Presidente (1 mandato). 74 anos. Nascimento: 30/10/1944.

O mais importante é ouvir o associado. É ele quem decide os rumos do clube.

"A minha vinda para a Hípica foi por causa do berçário. Uma vizinha nossa, que era sócia, me falou que tinha um berçário muito bom aqui. Como eu viajava muito, quando eu voltava gostava de aproveitar para ficar com minha família, e para descansar também. Esse serviço que o clube oferecia do berçário nos auxiliou muito na criação dos nossos filhos.

Eu vinha jogar futebol e a turma viu que eu jogava bem e me convidaram para o grupo fechado, a “panela” de terça-feira. E jogávamos toda terça-feira à noite. Conheci o Sylvio, marido da Stella Roge, um grande amigo meu! Passei para o tênis também e pratiquei os dois, futebol e tênis. Naquele tempo esses dois esportes eram os principais esportes do clube, em quantidade de sócios.

Com o falecimento do Rogê Ferreira, que foi reeleito, mas faleceu entre o Natal e o Ano Novo, o Sylvio me convidou para assumir a Diretoria de Tênis, porque ele ficou muito chateado com o falecimento do sogro e não queria permanecer. Eu participava das reuniões de diretoria, eram só os diretores principais, estava no Estatuto. Era só o diretor de esportes que era convocado. Mas como eu sou muito “carudo”, consegui levar todos os diretores adjuntos para as reuniões de diretoria. Eu me preocupei com as finanças do clube e me envolvi e fiz um plano financeiro para o clube. Isso como diretor adjunto de tênis. Quase deu certo, mas o Conselho entendeu que eu estava assumindo uma responsabilidade que não era a minha...

Quando o Hamilton de Oliveira entrou na presidência, me tornei diretor de esportes e desta forma você tem um maior conhecimento do clube. Sendo assim, fui candidato à presidência do clube. Consegui ser eleito, o secretário era o Neto, Elvino Silva Neto. Posteriormente, o pessoal do tamboréu queria fazer uma reunião em casa, eles queriam me convencer a ser candidato à reeleição. Mas eu não queria ser candidato novamente, pelas inúmeras ocupações que eu tinha. Então eu não quis e foi o Elvino, com a condição de eu ficar como vice-presidente.

Eu participo das reuniões, sou conselheiro nato, mas principalmente das reuniões financeiras, para verificar o balanço, o fluxo de caixa. Na minha opinião o mais importante é ouvir todos os sócios, o desejo deles, e não somente a diretoria e os conselheiros. Tem que ouvir os sócios. Não é o presidente quem decide, é o sócio quem decide".